ROTA DOS CASTELOS 2016- 10,11 SETEMBRO 2016


EVENTO: Passeio GPS em modo travessia em 2 dias
LOCAL: Alto Alentejo (Alter do Chão,Gavião, Marvão, Castelo VIde, Nisa)
ORGANIZAÇÃO: Clube de BTT Zona 55
DISTÂNCIAS ANUNCIADAS: Erapa 1, 63km, Etapa 2 :86km.
PARTICIPANTES: 60
ZYBERIANOS PRESENTES: 2
METEREOLOGIA: Sol e  calor, com temperatura média a rondar os 28 °C.



5ª Edição da Rota dos Castelos e sem faltar A.C. BTT Fôjo a marcar mais uma vez presença neste espetacular evento de puro lazer e aventura, este ano apenas com a representação de apenas dois atletas.


Dia 1 - Alter do Chão -> Castelo de Vide.

Mais uma vez deslocamo-nos a Vila de Gavião onde foi realizada a concentração dos participantes e onde nos aguardava o transporte que nos levaria até ao ponto de partida desta etapa. O fim de semana esperava-se algo quentinho, mas em ótimas condições para a pratica de BTT. Tirada a foto de grupo à partida para este evento de autonomia total estávamos entregues a nos próprios e com um único objetivo de chegar ao fim do dia sem problemas de maior. Lá arrancaram os mais apressados outros nem tanto, nós como de costume fomos quase os últimos.


 Partindo de Alter do Chão, onde conquistamos o primeiro castelo desta aventura, em direção a Portalegre a emoção era bem visível, mas depressa acalmou, os primeiros km’s em estradão de terra batida tiraram um pouco o significado ao que é o BTT. Depressa chegamos a Portalegre e aí sim a coisa mudou de cara, começaram as subidas, yeehhh!! Alcatrão para começar e singles para terminar ate alcançar a Serra de São Mamede. Vistas deslumbrantes que nos levaram a pensar “…o Alentejo não é nem um pouco plano como dizem…”. Depois de conquistado o Castelo de Portalegre la no fundo avistamos o mais respeitoso e imponente castelo deste fim de semana, o Castelo de Marvão.




Diga-se de passagem que ainda estávamos a uns bons km’s de distância e a coisa já começava a tornar-se séria.. Sabia-se que ali tinha uma senhora subida em calçada bem durinha, comprida e inclinada. A barriga já dava horas e ficamos num enredo.. Almoçamos depois do castelo ou arrancamos por aí a cima de vasilhame cheio e estoiramos a meio da subida?? :D Tontos, vamos mas é almoçar que de barriga vazia não conseguimos pensar. Pela localidade de “Portagem” ficamos a almoçar num restaurante que dava para nos aperceber de quanto ingreme iria ser a subida que nos esperava já que o castelo praticamente estava a cima de nós. De barriga cheia la atacamos à bruta aquelas pedras redondas, outra vez, tontos.. Penso que o almoço se gastou todo para subir aquele monte, para chegar lá a cima e dizer “…grande parvalhão que se lembrou de construir tal coisa aqui em cima…”. Assim sendo conquistado e destronado pela nossa dupla demolidora. A partida depois de tão grande subida só podia haver uma descida, não esperávamos é que  a descida fosse como a subida cheia de pedras, não de calcada mas de calhaus enormes em brutos singlestracks de delirar qualquer betetista que exige dificuldade onde quer que passe. O dia já se prolongara e só nos faltava um último castelo para conquistar e esse estava bem la na frente, já no nosso olhar. Castelo de Castelo de Vide deu que fazer com umas subidas finais por entre as suas muralhas ate chegarmos a civilização dos nossos tempos e ao hotel onde nos iriamos hospedar e descansar para o dia seguinte. Dia terminado e satisfação enorme pelo que fizemos e vimos durante todo o dia.
Dia 1 – 63Km 1.400D+ 4:37h em pedal



Dia 2 - Castelo de Vide -> Alamal, Gavião.

Levantar cedinho, tomar pequeno-almoço no hotel e sair o mais cedo possível porque os km’s eram um pouquinho mais, o corpo não tinha descansado o necessário e todo ele parecia de borracha sem reação. O dia começou mais fresco com previsões de aquecer, nem que fosse o motor. Os primeiros caminhos por entre Castanheiros deu-nos a sensação de viajarmos por sítios inexplorados e ficava na retina cada pormenor daquela zona incluído, literalmente, os “diabos” dos mosquitos que eram as centenas logo pela manha.. Antes de conquistar o próximo castelo fomos brindamos com uma “cena” por mim só vista em banda desenhada.


O Menir de Póvoa e Meadas, dizem uns que tem 4m outros 7.15m de altura, 1.25m de diâmetro, 16 toneladas e considerado o maior da Península Ibérica. Fiquei eu a saber que o Obélix mesmo com aquela barriga tem força que nem um cavalo, pois eu só ainda vou tendo a barriga hahaha. Rapidamente voltamos ao pedal e conquistamos o Castelo de Nisa, ainda não havia fome para almoçar e fomos andando mais para a frente pensando nós comer numa próxima localidade. Erro nosso não termos estudado o track, porque dali para a frente seria quase como um deserto. Pensaríamos nós que iriamos comer a fartazana quando conquistado o Castelo de Amieira do Tejo, estávamos enganados. Dos dois estabelecimentos que encontramos abertos apenas um nos conseguiu alguma comida para desenrascar, umas tostas com um restinho de pão já com alguns dias e que mesmo assim nos soube a qualquer coisa de bom. Agradecemos o esforço da pessoa e ficamos gratos por não nos negar a comida. Fizemos uma pausa para pensar no restante do percurso e de como tínhamos de gerir a pouca suplementação que trazíamos, o percurso ate ao fim era uma pequena montanha russa por eucaliptais e mal alimentados não seria fácil. O desgaste já era notório, mas o final já não estava muito longe, umas palavrinhas de incentivo ajudaram a combater a pouca vontade de continuar a pedalar e la chegamos ao tão desejado final na Praia Fluvial do Alamal. Consideramos o Castelo de Belver conquistado apesar de não termos ido la ao pé porque a ponte sobre o Rio Tejo esta intransitável. Chegado ao Alamal a satisfação era notória, objetivo alcançado e acima de tudo ficou a certeza de que para o ano vamos voltar a participar neste evento que tanto nos tem surpreendido em todos os aspetos pela positiva.
Dia 2 – 86Km 1.200D+ 6:00h em pedal

Um forte Abraço e Obrigado a todo o Staff da Zona55 que fez mais um excelente trabalho!!!


Texto: M.Lopes
Fotos: Jorge Rabaça (zona 55 ),

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